segunda-feira, 22 de março de 2010

A FITA BRANCA”, UM EXEMPLO DE BOM CINEMA

Em cartaz nos cinemas o filme “A Fita Branca”, uma co-produção conjunta da Alemanha-Áustria-França-Itália, Palma de Ouro do Festival de Cannes do ano passado, sucesso de crítica em todas as partes do mundo. Película de orçamento modesto, em preto-e-branco, sem nenhum nome conhecido no elenco, vem se transformando numa obra das mais aplaudidas que o cinema produziu nos últimos anos. Mas graças a habilidade do diretor austríaco Michael Heneke (que tem a seu crédito uma película bastante elogiada, “Violência Gratuita”, inédita no Brasil) vem se revelando num dos filmes mais aplaudidos pelos cinéfilos.

O cinema de Heneke é despojado de quaisquer malabarismo formal. As imagens são mostradas com extrema simplicidade como a vida daquele lugarejo de gente simples. A fotografia é fundamental para que o filme alcance um nível de obra de arte. As cenas do final, na igreja na qual estão reunidos os principais personagens, são de rara beleza formal, mostrando ser o cineasta conhecedor da manipulação da imagem em função do tema que se propôs a mostrar.
“A Fita Branca” é o filme para se ver e rever tal são os seus predicados de ordem formal em perfeita sintonia com os seus aspectos humanos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário