O Brasil registrou em 2009 um recorde histórico com uma arrecadação bruta total de R$970 milhões. Pela primeira vez o mercado nacional chegou perto da cobiçada marca de 1 bilhão de ingressos vendidos. A boa safra de filmes estrangeiros e nacionais, a explosão do 3D e a melhora da economia estão entre os fatores que contribuíram para esse recorde.
Depois de quatro anos consectivos estagnado em cerca de 90 milhões de espectadores, o público de cinema voltou superar os 100 milhões, exatamente 112,7 milhões de ingressos vendidos. Esse número, contudo, não chegou a superar o recorde de 2000 (117,4 milhões de espectadores).
O ano de 2009, diga-se de passagem, teve como destaque a consolidação da projeção em 3D no Brasil. Se, em 2008, o mercado contou com apenas cinco filmes neste formato, em 2009 este número subiu para 13. Ao longo do ano, vários exibidores equiparam seus complexos com projetores 3D. Em junho, eram cerca de 20 salas apenas. Em dezembro, quando estreou “Avatar”, o total já havia subido para 97. Ao todo, a renda do 3D chegou a R$88,9 mil do total. Os filmes em 3D atraíram 7,2 milhões de espectadores, o equivalente a 6,5% do total.
Dois fatos chamaram a atenção no fechamento do ano. O primeiro é o desempenho dos filmes nacionais, que, em relação a 2008, apresentaram um aumento de 81% em público (15,9 milhões de ingressos vendidos) e de quase 90% em renda (R$131 milhões). Este sucesso foi devido a quatro comédias: “Se Eu Fosse Você 2” (seis milhões de espectadores), “A Mulher Invisível” (2,3 milhões), “Os Normais 2” (2,1 milhões) e “Diva” (1,8 milhões). Juntos, esses filmes somaram 74% do público total das produções brasileiras lançadas no ano passado.
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